Área do Cliente

Área do administrador
Horário de Funcionamento De segunda a sexta-feira
Das 8h30min às 12 horas e das 13h30min às 18 horas

Como fazer seus planos darem certo em 2020

Pegue um papel e caneta e escreva o que você quer ser ou mudar no próximo ano

Parar de fumar, iniciar uma nova carreira, desenvolver novos hábitos, adotar uma alimentação saudável e ser feliz. Quem nunca fez uma resolução para o ano novo? A cada ciclo da Terra em torno do sol, elaboramos ideias e abstrações sobre o que queremos ou podemos ser e fazer. No entanto, a vontade de mudar não resiste à primeira semana do ano seguinte.

Há um estudo da Universidade de Scranton — embora antigo, seus resultados são empiricamente constatáveis — que indica que 25% das pessoas permanecem comprometidas com os novos planos nos primeiros 30 dias e apenas 8% continuam firmes ao longo do ano. Resoluções e desejos se dissipam rapidamente.

De acordo com uma pesquisa da Strava, rede social e aplicativo para monitoramento de atividades físicas, a maioria dos atletas de fim de ano desiste de seus intentos no dia 12 de janeiro. O levantamento foi feito na própria base de usuários do app, que verifica indicadores de desempenho dos usuários, como tempo e distância percorridos em corridas ou caminhadas.

O que fazer então? Como aproveitar a transição do calendário e operar uma mudança completa de vida?

Primeiro, defina objetivos — não desejos ou resoluções

No mundo da Administração, sabemos que qualquer objetivo deve ser precedido de conquistas menores que levam ao prêmio maior. Toda grande meta precisa ser subdividida em etapas acompanhadas por indicadores de desempenho e — o mais importante — prazos. Na vida pessoal não precisa ser tão diferente.

Criar esses objetivos pode não ser tão simples. Muitas pessoas visualizam grandes transformações para o ano seguinte, mas não entendem o que é necessário para que o sonho se concretize. Por isso, os objetivos devem atender aos seguintes critérios:

  1. Eles devem ser específicos. Para evitar abstrações do tipo "quero ser um grande CEO em 2020", pense nos aspectos práticos: em qual empresa e setor da economia? Como essa empresa recruta novos talentos? Quais as habilidades de que necessito para entrar nos quadros e pleitear uma chance de crescimento? Tudo isso pode ser feito em um ano?
  2. Eles devem ser mensuráveis. Como saber quando determinada meta é atingida? É muito fácil perder o foco nos primeiros dias quando não se sabe medir. Se o seu objetivo é aproveitar o verão para ganhar massa muscular, as primeiras semanas podem ser frustrantes. Em geral, mudanças no corpo podem demorar pelo menos 2 meses para se manifestar. Se você souber mensurar sua evolução com outros indicadores — como frequência à academia e evolução nos treinos — vai se sentir mais motivado a persistir.
  3. Eles devem exequíveis. De volta ao primeiro exemplo, de que adianta desejar algo grandioso se não existe a remota possibilidade daquilo se concretizar em tão pouco tempo? Um curso universitário leva, ao menos, 4 anos; um MBA, outros 2, além de ter um alto custo financeiro. Se você tem grandes planos, foque no longo prazo; para 2020, estabeleça objetivos que possam ser executados — como passar em uma boa colocação no ENEM e garantir uma vaga na melhor universidade da sua região.

Crie prazos para cada um deles

O tempo é um fator crítico para o sucesso de qualquer projeto. Com as iniciativas pessoais não é diferente. Sem precisar o "quando" da equação, deixando os resultados ao sabor do acaso, é provável que você desista quando perceber que algo parece estar demorando demais para acontecer.

Não deixe os prazos sob responsabilidade da intuição. De preferência, anote e deixe em um local visível, em um cômodo da casa que seja bastante frequentado por você. Ao final de cada prazo, analise novamente os objetivos e veja se é necessário algum ajuste.

Já ouviu falar no ciclo PDCA? Pois é, não é tão diferente.

Quando você perceber que, no prazo aproximado, atingiu uma determinada meta, sentirá a motivação necessária para partir para a próxima. Assim, é provável que você chegue ao final do próximo ano em um estágio mais avançado — em termos de mudança de hábitos e metas de desenvolvimento — do que imaginou.

Coloque seus projetos em prática hoje

O dia 1 de janeiro pode ter algum significado esotérico para algumas pessoas, mas, em geral, é só uma data convencionada no calendário gregoriano. Apesar de representar o início de um novo ciclo, a data não tem efeito prático além de uma dose de motivação. É você quem escolhe a linha de partida: e ela está aí nesse momento, nesse exato local.

Pegue um papel e caneta e escreva o que você quer ser ou mudar em 2020. Estabeleça objetivos, etapas e prazos, como mostramos acima, e comece a trabalhar. Você pode usar uma planilha ou aplicativo, se preferir, mas mantenha o foco nas metas.

Quer ter hábitos mais saudáveis? Matricule-se em uma academia, seja ela convencional, de artes marciais ou de Pilates; elimine alimentos que não fazem bem ao corpo e beba bastante água — compre uma garrafa pessoal, de preferência.

Quer desenvolver uma nova habilidade? Procure cursos online ou presenciais, leia livros e artigos de estudiosos que são referência na sua área, busque informações de qualidade e comece a criar bons laços profissionais. O networking pode levar você a lugares e posições de emprego nunca imaginados.

Quer mudar de carreira? Analise sua situação financeira, veja quais são os investimentos necessários para que você desenvolva uma capacidade que lhe permita entrar em uma nova profissão e analise quanto de sua renda mensal você pode abrir mão ao aceitar um emprego na nova área. O redimensionamento do padrão de vida é crucial.

Seja consistente

Há alguns anos, publicamos algumas observações sobre a entrevista perdida de Bruce Lee, concedida alguns anos antes de sua morte. Um dos pontos destacados diz respeito à consistência dos atos para que a arte — ou ofício — se torne algo tão natural que não exija nenhum grande esforço racional de quem a pratica.

É a repetição que nos faz melhores hoje do que éramos ontem. Não é a capacidade de imaginar diferentes realidades ou de deixar a mente vagar por abstrações, mas a habilidade de, conscientemente, obrigar nosso corpo e mente a aprenderem.