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Sabe o que gera engajamento? Humor

A palavra de lei do brasil é: a zoeira never ends. Seguir nesse caminho requer destreza - e não é para todas as empresas - mas pode gerar ótimos resultados

Se você não é bombardeado por mensagens, vídeos e gifs engraçados, inúmeras vezes ao dia, você certamente está morando fora do país e não interage conosco. Você pode até pensar que isso é novidade, coisa da geração atual e tudo mais, entretanto, ao meu ver, só está agora nos meios digitais o que o brasileiro sempre foi: uma pessoa divertida.

Essa "pegada" da comicidade está tão forte e enraizada que começou a chegar até nossas empresas. Elas agora utilizam memes, fazem referência à cultura pop e possuem informalidade na comunicação. Isso tudo, provavelmente, graças a uma percepção de dados de mercado, enxergando grande potencial nas novas formas de humor desenvolvidas pelas redes sociais.

Você acha que essas empresas fazem isso apenas por comodismo ou achar engraçado? Funcionários "normais" até que poderiam fazer por esses motivos, mas essas ações vêm da diretoria e visam apenas uma coisa: lucro. A comicidade, entretenimento e informalidade trazem engajamento dos usuários e repercussões na mídia.

Palavras como repercussão, impacto e engajamento estão sempre atreladas ao conceito de SEO, termo em inglês para Search Engine Optimization. Em português significa otimização para mecanismos de busca.

Aliado a uma tendência mundial da informalidade, downsizing, startups, jovens irreverentes, além de boa parte das maiores empresas do mundo seguirem essa linha (como Facebook, Google e Netflix), criamos um mercado, pelo menos a nível B2C, bastante dinâmico e engraçado.

Acredito que, junto ao humor, conteúdos sobre conflitos (notícias, fofocas, problemas) e celebridades (atores, atletas, blogueiros) fazem um tripé das maiores buscas, curtidas e compartilhamentos dos tempos atuais. Se existir uma notícia sobre Neymar terminar com Bruna Marquezine e uma foto engraçada, temos certamente uma vaga garantida no Google Trends.

Isso nada mais é do que as empresas surfando na onda dos conteúdos virais. Elas não estão “inventando a roda”, atrelar a imagem de produtos e/ou marcas à astros e celebridades já é uma estratégia batida. O diferente, dessa vez, são duas coisas: ver grandes varejistas, indústrias e empresas sérias “apelando” para a comicidade e a importância que o humor vem tomando à medida que a internet ganha força.

Fazer uma propaganda afirmando a qualidade do seu produto, todos seus benefícios e um preço matador pode não trazer tanto engajamento quanto uma postagem usando um clássico meme com Rodrigo Hilbert e sua perfeição.

O humor e a informalidade trazem as empresas para mais perto de seus usuários. A não ser que você esteja vendendo conteúdos para classe A++ Plus VIP, boa parte da sua comunidade vai entender as suas referências e as repercussões, se a estratégia for bem executada, será bastante positiva.

Antigamente, seriedade era sinônimo de profissionalismo. Padrões, elegância, etiqueta estava atrelado a tudo que era bom, a informalidade sempre remetia a coisas baratas, de uma qualidade normal ou ruim e, em resumo, coisa de empresa pequena. Hoje em dia, não é que houve uma inversão, mas agora propagandas engraçadas e ações de marketing são feitas por empresas bilionárias também!