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A importância do pensamento e do planejamento estratégico

Mas afinal, qual sua real importância para as organizações?

Em dias cada vez mais tensos e incertos, com uma inconstância no mundo dos negócios nunca vista aliado a uma economia oscilando num frenesi absurdo o pensamento estratégico se tornou indispensável à sobrevivência e perpetuidade das empresas.  Mas afinal, qual sua real importância para as organizações?

Primeiramente, é preciso esclarecer que embora alguns autores tratem o pensamento estratégico e o planejamento estratégico quase como que algo distinto, desejamos nessa breve abordagem apresenta-los como definições que se completam em si, pois enquanto o pensamento estratégico está mais ligado à formação de uma cultura de pensar estrategicamente, o planejamento se dá na etapa de sistematizar esse pensamento tornando de fato, planejamento estratégico.

Retornando a problemática a qual desejamos abordar, segundo o Sebrae/Sp (2008, p. 19) em uma pesquisa de monitoramento realizado entre os anos  2000 e 2005:

 27% das empresas fecham no primeiro ano, 38% encerram suas atividades até o segundo ano, 46% fecham antes do terceiro ano, 50% não concluem o quarto ano, 62% fecham até o quinto ano e 64% encerram suas atividades antes de completar seis anos de atividade.

 Apesar do fato desses índices terem como causa uma série de fatores contribuintes para a mortalidade das empresas, o mesmo estudo aponta ainda que foram identificados seis conjuntos de fatores principais: 

(1) ausência de um comportamento empreendedor; (2) ausência de um planejamento adequado; (3) deficiências no processo de gestão empresarial; (4) insuficiência de políticas públicas de apoio aos pequenos negócios; (5) dificuldades decorrentes da conjuntura econômica; e (6) impacto dos problemas pessoais sobre o negócio (SEBRAE, 2008, p. 59).

 Observa-se assim que, de modo geral, todos os fatores apontados tem relação direta com o planejamento estratégico ou a ausência dele apontando nesse caso ineficiência no processo de gestão empresarial. O fato é que o pensamento e planejamento estratégico competem a todos os agentes atuantes na organização. 

Para romper com esses índices é preciso estabelecer uma estratégia empresarial que norteie a atuação da organização. Segundo Érico Oda e Cicero Marques “o pensamento estratégico é essencial a qualquer empresa que pretenda alcançar e garantir um lugar de destaque no seu mercado” (ODA; MARQUES, 2008, p. 49).

O pensamento estratégico traz a tona possibilidade de que a empresa tenha em sua totalidade um objetivo comum. Esse objetivo sistematizado na forma de planejamento estratégico dará a ela meios de alcançar aquilo que se definiu enquanto estratégia inicialmente. Não que ele tenha a intenção de prever uma realidade. Não. O pensamento estratégico não é previsão.  “A essência do planejamento consiste em tomar decisões atuais com conhecimento do seu conteúdo futuro”. (DRUCKER, 2006, p. 138).

Assim, podemos concluir que principalmente com o advento da globalização torna-se preciso estabelecer novas fronteiras, pensar, planejar, definir e traçar metas. Estabelecer na organização uma cultura de gestão estratégica é sem dúvida fator primordial e determinante. Segundo Drucker, (2006, p. 141) “o planejamento estratégico prepara a empresa de hoje para o futuro”. Afinal, não há perpetuidade sem planejamento, nem tampouco pode se fazer planejamento sem consciência de que é preciso a atuação e compromisso de todos os agentes envolvidos, de todas as esferas da organização.